terça-feira, 20 de setembro de 2011

E.E. Profa Gilka Drumond de Faria 2º Ano



Nazifascismo, Guerra Civil Espanhola, Segunda Guerra Mundial

 A ascensão do nazismo na Alemanha

1. Na Alemanha, após a Primeira Guerra, o clima revolucionário e a fermentação de ideologias de esquerda desembocaram no Levante Espartaquista de Berlim (1919), irradiando-se para outros centros. Em fevereiro de 1919, abre-se a Assembléia Nacional de Weimar, elegendo Friedrich Ebert presidente da República, com Scheidemann como chanceler. Pela Constituição de Weimar, instaura-se uma república federalista, parlamentar e democrática. De 1924 a 1928, as escaramuças eleitorais e parlamentares vão abrindo campo para o avanço da direita. Em março de 1930, com a queda do governo Müller (embaraçado pela crise econômica e pela questão do desemprego), encerra-se a república parlamentarista. Os resultados eleitorais beneficiam os parlamentares hitleristas, em detrimento dos comunistas. A burguesia, assustada com a crise e o desemprego, passa à extrema direita; o exército se politiza, a justiça protege a direita nos julgamentos dos conflitos crescentes; a esquerda vai sendo desarticulada. R a crise da democracia parlamentar, que obriga o chanceler Bruning (1930-1932) a governar com poderes extraordinários. A crise econômica, a inflação, o desemprego e as agitações reforçam a unidade da direita. O golpe de 1932 contra a Prússia, principal núcleo da social-democracia, abre caminho para os nazistas ao poder. A 30 de janeiro de 1933, Hitler forma o governo. A escalada é rápida nessa “revolução nacional” baseada no “princípio do Führer”. Em 27 de fevereiro de 1933, dá-se o incêndio do Reichstag, e a 21 de março dissolve-se o Parlamento. O Partido Nazi torna-se partido único a 1.º de dezembro de 1933; eliminam-se adversários políticos e colaboradores incômodos (Rohm e outros) ; começa a perseguição aos judeus. Hitler assume a presidência. Inicia-se a revisão do Tratado de Versalhes e a conquista de um “novo espaço vital”. O expansionismo alemão, as sucessivas vitórias e a aproximação com o Japão, Itália e Espanha levam a uma polarização aguda; ao mesmo tempo, fortalece-se o comando interno do Reich. O ataque de Hitler contra a Polônia, em 27 de agosto de 1939, abre o segundo conflito mundial.

A ascensão do fascismo na Itália


2. Na Itália, o fascismo foi o resultado de um longo processo que remonta ao “Risorgimento”, movimento iniciado por Cavour em 1847. O liberalismo reformista e gradualista leva à criação da Sociedade Nacional (1857), com vistas à unificação e à independência, com o apoio de Garibaldi. O processo se completa em 1871, com a unificação (Roma torna-se a capital do reino governado por Vítor Emanuel). Nessa “revolução inacabada”, a direita governa até 1876. Mas as reformas sociais não se aprofundam (78% de analfabetos). A tomada de Roma define o fim do “Risorgimento”, mas a unificação não se completa, porque algumas províncias ainda estavam sob domínio austríaco. De 1876 a 1887, monta-se o Estado, mas o “transformismo” esvazia
os partidos políticos. De 1882 a 1900, a “era da grande política”, a Itália se expande na África. A industrialização se acelera no norte, as crises sociais se multiplicam, o anarquismo e o socialismo se desenvolvem. No reinado de Vítor Emanuel III (1900-1944) ocorrem conflitos político-ideológicos que desembocam na vitória do “nacionalismo integral”, centralista e imperialista, idealizado pelo escritor Gabriele D’Annunzio. A oposição entre o norte industrial e próspero e o sul superpovoado e pobre, a emigração crescente, o desemprego, a guerra de 1914-1918, a proletarização da classe média e o “perigo vermelho” explicam a criação do Partido Nacional Fascista (1921) e a escalada de Mussolini.

Guerra Civil Espanhola (1936-1939)

3. A Guerra Civil Espanhola foi a culminância de um processo que se iniciou com a ditadura de Primo de Rivera (1923-1930), sustentada pelos grandes proprietários rurais, pelo exército, pela burguesia e pelo clero. Nas eleições de 1931, sai vitoriosa a coligação de republicanos e socialistas, provocando a abdicação de Alfonso XIII: a República é proclamada a 14 de abril de 1931, com Alcalá Zamora, numa orientação laica, reformista, popular e descentralizadora. A questão das autonomias regionais (Catalunha, País Basco, Galícia etc.) se aprofunda. Movimentos camponeses, anarquistas e autonomistas acendem os conflitos. A reforma agrária intentada abre um período de lutas. De 1933 a 1936, as “várias Espanhas” se polarizam : monarquistas, autonomistas, falangistas (fascistas), republicanos, radicais (de direita). A Revolução de Outubro de 1934 eclode com a ação de republicanos e socialistas. R proclamada a independência da Catalunha. A repressão é violenta, cai o governo, as Cortes são dissolvidas em 1936. Nas eleições, liberais e esquerdistas formam a Frente Popular, vencedora. Uma série de medidas reformistas é implementada (anistia, reforma agrária e educacional, autonomias), mas a reação se inicia a 17 de julho de 1936, com o levante da guarnição de Melilla. A Guerra Civil (1936-1939) oporá as várias Espanhas. Mas, devido à heterogeneidade da Frente Popular e à debilidade das democracias liberais, saem vitoriosos os falangistas, sob o comando de Francisco Franco, que imporá a ditadura até 1975.

Segunda Guerra Mundial


4. A Alemanha não aceitou a partilha do mundo imposta pelo Tratado de Versalhes, nem as reparações de guerra. O rearmamento, a ideologia nazifascista e a necessidade da retomada expansionista pela Alemanha não encontraram nas democracias liberais resistência significativa. Os EUA estavam distanciados do palco europeu; a URSS permanecia isolada pelo capitalismo ocidental; o Japão abandonara a Liga das Nações (1933) e alinhara-se com a Alemanha contra a URSS (1936). Os conflitos nas fronteiras e áreas de influência dessas potências imperialistas detonarão a Segunda Guerra Mundial. Ao fim da guerra, tem-se a perda da hegemonia da Europa que, destruída, só se recomporá com o auxílio de capitais privados, sobretudo norte-americanos; a formação do bloco oriental, sob a liderança da URSS; a criação da ONU, para regular as relações internacionais; a hegemonia dos EUA, liderando os
Aliados em benefício de seu próprio desenvolvimento; o antagonismo EUA-URSS, definindo a “guerra fria” e provocando nova corrida armamentista, que se prolonga até hoje.

5. No acordo de Munique (1938), Chamberlain (Inglaterra) e Daladier (França) ensaiam sem sucesso o bloqueio a Hitler e Mussolini; nos anos 30, o Japão disputa com a URSS e os EUA a hegemonia na Ásia e no Pacífico, alinhando-se com a Alemanha; em março de 1939, Hitler ocupa a Tchecoslováquia e a 1.º de setembro, a Polônia. França e Inglaterra declaram guerra ao III Reich. Em abril de 1940, a Alemanha invade a Dinamarca e a Noruega; em maio, Holanda e Bélgica. Em junho de 1940, os alemães ocupam Paris. A “paz de Compiègne” divide a França em “ocupada” e “livre”. A França de Vichy (“livre”) também colabora com os nazistas; Churchill coordena na Inglaterra a resistência dos Aliados. Em julho de 1940, De Gaulle organiza o governo de resistência francês em Londres. Os EUA cobrem a retaguarda atlântica. Na batalha da Inglaterra (setembro de 1940) tem-se a agressão máxima nazi, com pesado bombardeio. O Eixo Berlim – Roma – Tóquio se firma em setembro de 1940. Os italianos invadem o Egito, mas são repelidos pelos ingleses. A Alemanha invade a Líbia, a Bulgária, a Iugoslávia e a Grécia. A Alemanha invade a URSS (junho de 1941), que se aproxima da Inglaterra. Churchill, por sua vez, assina com Roosevelt a Carta do Atlântico (agosto de 1941) ; os EUA entram na guerra ao lado da Inglaterra, após o ataque japonês a Pearl Harbor (7 de dezembro de 1941). De 1942 a 1944, ingleses e americanos bombardeiam cidades industriais alemãs. Em 1942, dá-se a ofensiva russa, com a batalha de Stalingrado. Organiza-se a resistência em vários países. Contra-ofensiva inglesa na África. Em maio de 1943, o exército ítalo-germânico capitula na África. Cai Mussolini. A Alemanha invade Roma e ocupa o norte e o centro da Itália e, em outubro de 1943, a Itália declara guerra à Alemanha. Os Aliados recuperam Roma em 1944 e, em 1945, avançam para o norte, liquidando Mussolini. No Dia D (6 de julho de 1944), os Aliados desembarcam na Normandia e na Provença; De Gaulle retoma a capital francesa. No leste, o exército soviético pressiona e ocupa a Prússia oriental. A 2 de maio de 1945, Berlim se rende.

ü   A escalada das ditaduras

- Itália: em 1922 Mussolini marcha sobre Roma. Liquidação da oposição até 1925.
- Bulgária: em 1923, golpe de Estado militar por Zankov.
- Espanha: em 1923, golpe e ditadura militar do general Primo de Rivera.
- Turquia: em 1923, Mustafá Kemal (após 1935, Kemal Ataturk) é eleito presidente da República.
- Polônia: em 1926, golpe de Estado de Pilsudski.
- Portugal: em 1926, golpe de Estado do general Gomes da Costa, substituído depois pelo general Carmona.
- Iugoslávia: em 1929, golpe de Estado do rei Alexandre.
- Portugal: em 1932, formação do governo do primeiro-ministro Salazar.
- Alemanha: em 1933, Hitler toma o poder.
- Áustria: em 1933, golpe de Estado de Dollfuss, com ditadura fascista.
- Espanha: em 1936, guerra civil, esmagamento dos liberais e das esquerdas e instalação da ditadura do general Franco.
- Grécia: em 1936, golpe de Estado do general Metaxas.
- Polônia: em setembro de 1939, invasão dos exércitos alemães.
- Também a Estônia, a Lituânia, a Rumânia, a Albânia e a Bulgária assistiram a golpes ditatoriais. No Brasil, o Estado Novo implantado em 1937 perdura
até 1945.

ü   Resultado das eleições para o Reichstag de 5 de março de 1933:
- nacional-socialistas (nazistas)   - 17 265 823 votos
- social-democratas                    -   7 176 050 votos
- comunistas                              -   4 845 379 votos
- nacionalistas                            -   3 132 595 votos

ü   A repressão na Itália fascista no anos 1927 a 1934:
- condenados à prisão por serem de oposição: 5 mil pessoas;
- condenados à morte: 29 pessoas;
- condenadas á prisão perpétua: 7 pessoas;
- desterradas: 10 mil pessoas,
- deportadas: 15 mil pessoas.

ü   Genocídio – Perseguidos sistematicamente desde a chegada de Hitler ao poder, os judeus estiveram entre as principais vítimas do terror nazista. Contra eles, o governo alemão criou, em 1935, uma legislação especial que os excluía dos direitos de cidadania outorgados pela Constituição de Weimar a todos os alemães. A partir de então, o terror anti-semita assumiu formas cada vez mais assustadoras, com a criação de campos de extermínio na Alemanha e em zonas ocupadas pelo exército alemão, sobretudo na Polônia. Esses campos faziam parte de um plano denominada pelos nazistas de Solução Final do “problema” judeu, e neles foram massacrados 6 milhões de pessoas.

ü   Bombas atômicas -  A primeira foi jogada pelos EUA em Hiroshima (6 de agosto de 1945), provocando a morte de cerca de 200 mil pessoas e a destruição de 60% dos edifícios da cidade em questão de segundos. Três dias depois, uma segundo bomba é lançada sobre Nagasaki, matando mais 80 mil pessoas, mesmo caindo fora do alvo.

ü   Custos – Um custo material superior a um bilhão e trezentos milhões de dólares; 30 milhões de feridos, mais de 50 milhões de mortos (mais de 20 milhões eram russos, 6 milhões de poloneses, 5,5 milhões de alemães e 1,5 milhão de japoneses).
Clio História

Escola Gilka Drumond 1º Ano

Acabaram-se minhas férias prêmio, agora é hora de voltar ao trabalho.
Um resumo rápido do que vocês viram com a professora substituta.
Inconfidência Mineira X Conjuração Baiana

A Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana foram dois movimentos representativos da insatisfação colonial perante o governo metropolitano, caracterizados como conspirações de caráter separatista e anticolonial e quando comparados ora apresentam semelhanças, ora diferenças quanto aos interesses almejados e a origem social. Abaixo alguns pontos que apresentam essas semelhanças e diferenças.
SEMELHANÇAS
- Separatistas, pretendiam a ruptura com a metrópole
Importante observar nesse ponto que a intenção separatista era de alcance regional, pois ainda não havia a intenção de libertar toda a colônia brasileira, levando-se em conta que naquele momento não existia uma identidade nacional construída, desmontando assim a ideia errônea que ainda se tem dessas conspirações como movimentos que pretendiam a “independência do Brasil”. Evidentemente que já demonstram uma rejeição contra o domínio metropolitano que mais tarde, no século XIX, vai se moldar em um movimento de independência carregado, entre outros fatores, de um certo sentimento nacionalista.
- Ideal republicano
Os dois movimentos colocaram em suas pautas conspiratórias a intenção de fundar governos republicanos após a ruptura e separação do domínio português. Isso se deve ao fato de que ambos os movimentos tiveram contatos com outros movimentos que traziam em seus conteúdos o ideal republicano.
- Inspiração
Buscaram inspiração em movimentos externos como o Iluminismo, a Independência dos EUA e a Revolução Francesa, como exemplos de movimentos que questionavam a ordem vigente sustentada no Antigo Regime e em seus tentáculos como o pacto colonial e o mercantilismo. Os integrantes da Inconfidência Mineira e Conjuração Baiana tinham contatos com esses movimentos ideológicos e revolucionários por meio de livros que chegavam clandestinamente na colônia e por meio de pessoas da elite colonial que estudavam nas universidades européias e voltavam com as novidades ideológicas. Obras iluministas, como a Enciclopédia, circulavam pela colônia, o próprio Tiradentes possuía a “Coleção das Leis Constitucionais dos Estados Unidos da América”, escrita em francês, e o tenente Hermógenes Aguiar, envolvido na conspiração baiana, possuía obras de Voltaire. Vale ressaltar que a conspiração mineira não se inspirou na Revolução Francesa, foram episódios paralelos sendo que a conspiração começou a ser desmantelada em maio de 1789 e a revolução na França eclodiu em julho do mesmo ano.
- Peso tributário e pacto colonial
Embora as propostas e a origem das reivindicações tenham sido diferentes de um movimento para o outro, pelo menos os dois tinham em comum a mesma reclamação contra a pesada cobrança tributária do governo português e a sua amarra econômica denominada pacto colonial. Se pela Conjuração Baiana a carga tributária tornava ainda mais miserável a vida das camadas mais pobres de Salvador, o peso tributário nas Minas foi sentido pela elite mineira cada vez mais endividada e na mira do fisco metropolitano. Ambos almejavam uma proposta econômica embasada na liberdade comercial, o que não era possível mediante a imposição do pacto colonial pela metrópole.
- Pena capital
Nos dois casos aqueles que foram considerados líderes do movimento foram executados na forca, esquartejados e as partes dos corpos foram expostas em praça pública e nos dois casos os elementos identificados com a elite local tiveram a pena modificada ou mais abrandada poupando esses envolvidos da elite da execução capital.
DIFERENÇAS
- Caráter elitista e popular.
Uma acentuada diferença entre as duas conspirações encontra-se no seu núcleo de organização. Enquanto a Inconfidência Mineira foi pensada e articulada por elementos da elite local, a Conjuração Baiana apresentou um impulso popular, sendo os seus conspiradores pessoas identificadas com as camadas mais pobres de Salvador.
Entretanto não se pode afirmar que alguns elementos da elite não tenha se articulado com os populares da conspiração baiana. Militares, religiosos e profissionais liberais estiveram presentes na Conjuração Baiana embora tenha se afastado do movimento ao perceber que as propostas eram muito radicais e aprofundadas, muito além das propostas identificadas com os interesses da elite local.
- Divulgação
A Inconfidência Mineira se caracteriza como uma conspiração fechada, secreta, sem qualquer possibilidade de divulgação de um ideal revolucionário, ficando a intenção do movimento confinada ao conhecimento do grupo envolvido. A Conjuração Baiana teve um caráter de divulgação panfletária. Folhetos foram afixados e distribuídos pelos locais públicos de Salvador, difundido ideais de liberdade e igualdade.
- Propostas
As propostas da Conjuração Baiana estavam revestidas de um ideal de alcance social muito maior que a Inconfidência Mineira, defendo por exemplo o igualitarismo social e a o fim dos privilégios de classe, destacando o seu caráter abolicionista. Os ideais da Inconfidência Mineira atendiam os interesses da elite local. A questão da escravidão entre os mineiros não foi um assunto consensual até mesmo porque muitos dos envolvidos eram donos de escravos.
- Delação
A denúncia na Inconfidência Mineira partiu de um dos integrantes do grupo, Joaquim Silvério, por vontade própria, recebendo em troca da delação o perdão das suas dívidas com o fisco português. No caso da Conjuração Baiana, a distribuição de panfletos levou as autoridades locais aos envolvidos, pois aqueles que distribuíam panfletos foram descobertos, presos e sob ameaças de morte, obrigados a entregar todos os envolvidos
                                                                                                                           Armazém da História

E.E. Profa Gilka Drumond de Faria

3ª Olimpíada Nacional em História do Brasil


Ficamos a uma fase da final...
Mas mesmo assim estamos felizes com o resultado, desbancamos cerca de 12 mil equipes, muito bom por ser a nossa primeira participação. Ano que vem participaremos novamente e estamos confiantes num bom resultado.
Parabéns a minha Equipe Laísa, Pedro e Nilo, e um agradecimento especial ao professor Claudemir que tanto nos incentivou.