sexta-feira, 23 de setembro de 2011

E.E. Profa Gilka Drumond de Faria 2º Ano

O Muro de Berlim e as barreiras atuais

A construção do Muro de Berlim, que completa 50 anos em 2011, é um dos símbolos da Guerra Fria, conflito que começou logo depois do término da Segunda Guerra Mundial, em 1945, e se caracterizou como um jogo de tensões políticas que polarizou o mundo entre Estados Unidos e União Soviética.

 Por que o Muro de Berlim foi construído? 
A muralha foi construída para marcar de forma concreta a divisão simbólica que ocorreu no mundo depois da Segunda Guerra. Metaforicamente, o muro não dividia apenas uma cidade em duas, mas o mundo inteiro, sob o domínio de duas potências ideologicamente antagônicas: Estados Unidos (capitalista) e União Soviética (socialista). Além disso, o muro teve uma utilidade prática: evitar a migração de alemães orientais para o lado ocidental, que tinha uma economia muito mais desenvolvida.

Muitas barreiras, motivações diversas 

No mundo de hoje, quatro tipos distintos de barreira coexistem : as político-ideológicas (fruto da divisão de um Estado soberano em dois), as anti-imigração (erguidas sem que haja prejuízo à integridade territorial do vizinho), as imperialistas (de conquista territorial de um Estado forte em relação a um vizinho mais fraco) e, finalmente, as político-religiosas (para separar comunidades religiosas distintas). Das barreiras atuais, a única que pode ser considerada homóloga à de Berlim é o muro que separa a comunista Coreia do Norte e a capitalista Coreia do Sul. O país foi dividido logo após o fim da Segunda Guerra Mundial, assim como a Alemanha. A parte do norte ficou sob a influência da União Soviética e da China, e a do sul, dos Estados Unidos. Além da barreira física, cujo propósito, hoje, é impedir o livre trânsito de coreanos de ambos os lados, um abismo separa as Coreias do Norte e do Sul. A primeira é pobre e vive sob uma ditadura. A segunda é uma economia desenvolvida e tem um governo democrático. 

Um exemplo emblemático de barreira construída para conter o fluxo de imigrantes é o muro localizado na fronteira entre Tijuana, no México, e San Diego, nos Estados Unidos. Também há trechos no Arizona, Texas e Novo México. A ação fez parte de um pacote de medidas sancionadas pelo ex-presidente George W. Bush em 2006 para impedir a entrada de estrangeiros ilegais, como mexicanos e centro-americanos, em solo americano.  Barreira do tipo imperialista, o muro que separa Israel de territórios palestinos ocupados, como Cisjordânia e Jerusalém Oriental, foi construído sob o pretexto de frear a entrada de terroristas no país e garantir sua segurança. A Palestina, no entanto, alega que sua construção é uma anexação territorial. Começou a ser erguido em 2002 e tem 760 quilômetros de extensão. Em 2004, o Tribunal Internacional de Haia, principal órgão judiciário da Organização das Nações Unidas (ONU), declarou o muro ilegal.  Por fim, há que destacar o muro com fins políticos e religiosos que separa partes de Belfast, capital da Irlanda do Norte. O primeiro foi construído em 1960, contornando a parte oeste da cidade, de maioria católica. Outros muros foram construídos, sempre com o objetivo de separar as comunidades católicas - que reivindicam a separação da Irlanda do Norte do Reino Unido - de áreas predominantemente protestantes.

Barreiras físicas contemporâneas 
Conheça os principais tipos de muro que existem na atualidade, assim como as regiões em que estão localizados


Barreiras físicas contemporâneas
Foto: Ahn Young-Joon/Associated PressBarreira político-ideológica 
Foi criada após a Segunda Guerra Mundial para separar a Coreia do Norte, sob a influência soviética, da Coreia do Sul, dominada pelos Estados Unidos.
Foto: Luis Acosta/AFP

Barreira anti-imigração 
Foi construída em 2006 como uma das medidas de uma política para impedir a entrada de estrangeiros ilegais nos Estados Unidos pelo México.
Foto: Gali Tibbon/AFP

Barreira imperialista 
Começou a ser erguida em 2002 para frear a entrada de terroristas em Israel. Separa esse país de territórios palestinos, como Cisjordânia e Jerusalém Oriental.
Foto: Joe Fox/Contributor/Gettyimages

Barreira político-religiosa 
A primeira, criada em 1960, contornava a parte oeste de Belfast, de maioria católica. Outras foram erguidas para separar os católicos de áreas protestantes.
Reportagem sugerida por André Marino, São Paulo, SP
Revista Nova Escola

terça-feira, 20 de setembro de 2011

E.E. Profa Gilka Drumond de Faria 2º Ano



Nazifascismo, Guerra Civil Espanhola, Segunda Guerra Mundial

 A ascensão do nazismo na Alemanha

1. Na Alemanha, após a Primeira Guerra, o clima revolucionário e a fermentação de ideologias de esquerda desembocaram no Levante Espartaquista de Berlim (1919), irradiando-se para outros centros. Em fevereiro de 1919, abre-se a Assembléia Nacional de Weimar, elegendo Friedrich Ebert presidente da República, com Scheidemann como chanceler. Pela Constituição de Weimar, instaura-se uma república federalista, parlamentar e democrática. De 1924 a 1928, as escaramuças eleitorais e parlamentares vão abrindo campo para o avanço da direita. Em março de 1930, com a queda do governo Müller (embaraçado pela crise econômica e pela questão do desemprego), encerra-se a república parlamentarista. Os resultados eleitorais beneficiam os parlamentares hitleristas, em detrimento dos comunistas. A burguesia, assustada com a crise e o desemprego, passa à extrema direita; o exército se politiza, a justiça protege a direita nos julgamentos dos conflitos crescentes; a esquerda vai sendo desarticulada. R a crise da democracia parlamentar, que obriga o chanceler Bruning (1930-1932) a governar com poderes extraordinários. A crise econômica, a inflação, o desemprego e as agitações reforçam a unidade da direita. O golpe de 1932 contra a Prússia, principal núcleo da social-democracia, abre caminho para os nazistas ao poder. A 30 de janeiro de 1933, Hitler forma o governo. A escalada é rápida nessa “revolução nacional” baseada no “princípio do Führer”. Em 27 de fevereiro de 1933, dá-se o incêndio do Reichstag, e a 21 de março dissolve-se o Parlamento. O Partido Nazi torna-se partido único a 1.º de dezembro de 1933; eliminam-se adversários políticos e colaboradores incômodos (Rohm e outros) ; começa a perseguição aos judeus. Hitler assume a presidência. Inicia-se a revisão do Tratado de Versalhes e a conquista de um “novo espaço vital”. O expansionismo alemão, as sucessivas vitórias e a aproximação com o Japão, Itália e Espanha levam a uma polarização aguda; ao mesmo tempo, fortalece-se o comando interno do Reich. O ataque de Hitler contra a Polônia, em 27 de agosto de 1939, abre o segundo conflito mundial.

A ascensão do fascismo na Itália


2. Na Itália, o fascismo foi o resultado de um longo processo que remonta ao “Risorgimento”, movimento iniciado por Cavour em 1847. O liberalismo reformista e gradualista leva à criação da Sociedade Nacional (1857), com vistas à unificação e à independência, com o apoio de Garibaldi. O processo se completa em 1871, com a unificação (Roma torna-se a capital do reino governado por Vítor Emanuel). Nessa “revolução inacabada”, a direita governa até 1876. Mas as reformas sociais não se aprofundam (78% de analfabetos). A tomada de Roma define o fim do “Risorgimento”, mas a unificação não se completa, porque algumas províncias ainda estavam sob domínio austríaco. De 1876 a 1887, monta-se o Estado, mas o “transformismo” esvazia
os partidos políticos. De 1882 a 1900, a “era da grande política”, a Itália se expande na África. A industrialização se acelera no norte, as crises sociais se multiplicam, o anarquismo e o socialismo se desenvolvem. No reinado de Vítor Emanuel III (1900-1944) ocorrem conflitos político-ideológicos que desembocam na vitória do “nacionalismo integral”, centralista e imperialista, idealizado pelo escritor Gabriele D’Annunzio. A oposição entre o norte industrial e próspero e o sul superpovoado e pobre, a emigração crescente, o desemprego, a guerra de 1914-1918, a proletarização da classe média e o “perigo vermelho” explicam a criação do Partido Nacional Fascista (1921) e a escalada de Mussolini.

Guerra Civil Espanhola (1936-1939)

3. A Guerra Civil Espanhola foi a culminância de um processo que se iniciou com a ditadura de Primo de Rivera (1923-1930), sustentada pelos grandes proprietários rurais, pelo exército, pela burguesia e pelo clero. Nas eleições de 1931, sai vitoriosa a coligação de republicanos e socialistas, provocando a abdicação de Alfonso XIII: a República é proclamada a 14 de abril de 1931, com Alcalá Zamora, numa orientação laica, reformista, popular e descentralizadora. A questão das autonomias regionais (Catalunha, País Basco, Galícia etc.) se aprofunda. Movimentos camponeses, anarquistas e autonomistas acendem os conflitos. A reforma agrária intentada abre um período de lutas. De 1933 a 1936, as “várias Espanhas” se polarizam : monarquistas, autonomistas, falangistas (fascistas), republicanos, radicais (de direita). A Revolução de Outubro de 1934 eclode com a ação de republicanos e socialistas. R proclamada a independência da Catalunha. A repressão é violenta, cai o governo, as Cortes são dissolvidas em 1936. Nas eleições, liberais e esquerdistas formam a Frente Popular, vencedora. Uma série de medidas reformistas é implementada (anistia, reforma agrária e educacional, autonomias), mas a reação se inicia a 17 de julho de 1936, com o levante da guarnição de Melilla. A Guerra Civil (1936-1939) oporá as várias Espanhas. Mas, devido à heterogeneidade da Frente Popular e à debilidade das democracias liberais, saem vitoriosos os falangistas, sob o comando de Francisco Franco, que imporá a ditadura até 1975.

Segunda Guerra Mundial


4. A Alemanha não aceitou a partilha do mundo imposta pelo Tratado de Versalhes, nem as reparações de guerra. O rearmamento, a ideologia nazifascista e a necessidade da retomada expansionista pela Alemanha não encontraram nas democracias liberais resistência significativa. Os EUA estavam distanciados do palco europeu; a URSS permanecia isolada pelo capitalismo ocidental; o Japão abandonara a Liga das Nações (1933) e alinhara-se com a Alemanha contra a URSS (1936). Os conflitos nas fronteiras e áreas de influência dessas potências imperialistas detonarão a Segunda Guerra Mundial. Ao fim da guerra, tem-se a perda da hegemonia da Europa que, destruída, só se recomporá com o auxílio de capitais privados, sobretudo norte-americanos; a formação do bloco oriental, sob a liderança da URSS; a criação da ONU, para regular as relações internacionais; a hegemonia dos EUA, liderando os
Aliados em benefício de seu próprio desenvolvimento; o antagonismo EUA-URSS, definindo a “guerra fria” e provocando nova corrida armamentista, que se prolonga até hoje.

5. No acordo de Munique (1938), Chamberlain (Inglaterra) e Daladier (França) ensaiam sem sucesso o bloqueio a Hitler e Mussolini; nos anos 30, o Japão disputa com a URSS e os EUA a hegemonia na Ásia e no Pacífico, alinhando-se com a Alemanha; em março de 1939, Hitler ocupa a Tchecoslováquia e a 1.º de setembro, a Polônia. França e Inglaterra declaram guerra ao III Reich. Em abril de 1940, a Alemanha invade a Dinamarca e a Noruega; em maio, Holanda e Bélgica. Em junho de 1940, os alemães ocupam Paris. A “paz de Compiègne” divide a França em “ocupada” e “livre”. A França de Vichy (“livre”) também colabora com os nazistas; Churchill coordena na Inglaterra a resistência dos Aliados. Em julho de 1940, De Gaulle organiza o governo de resistência francês em Londres. Os EUA cobrem a retaguarda atlântica. Na batalha da Inglaterra (setembro de 1940) tem-se a agressão máxima nazi, com pesado bombardeio. O Eixo Berlim – Roma – Tóquio se firma em setembro de 1940. Os italianos invadem o Egito, mas são repelidos pelos ingleses. A Alemanha invade a Líbia, a Bulgária, a Iugoslávia e a Grécia. A Alemanha invade a URSS (junho de 1941), que se aproxima da Inglaterra. Churchill, por sua vez, assina com Roosevelt a Carta do Atlântico (agosto de 1941) ; os EUA entram na guerra ao lado da Inglaterra, após o ataque japonês a Pearl Harbor (7 de dezembro de 1941). De 1942 a 1944, ingleses e americanos bombardeiam cidades industriais alemãs. Em 1942, dá-se a ofensiva russa, com a batalha de Stalingrado. Organiza-se a resistência em vários países. Contra-ofensiva inglesa na África. Em maio de 1943, o exército ítalo-germânico capitula na África. Cai Mussolini. A Alemanha invade Roma e ocupa o norte e o centro da Itália e, em outubro de 1943, a Itália declara guerra à Alemanha. Os Aliados recuperam Roma em 1944 e, em 1945, avançam para o norte, liquidando Mussolini. No Dia D (6 de julho de 1944), os Aliados desembarcam na Normandia e na Provença; De Gaulle retoma a capital francesa. No leste, o exército soviético pressiona e ocupa a Prússia oriental. A 2 de maio de 1945, Berlim se rende.

ü   A escalada das ditaduras

- Itália: em 1922 Mussolini marcha sobre Roma. Liquidação da oposição até 1925.
- Bulgária: em 1923, golpe de Estado militar por Zankov.
- Espanha: em 1923, golpe e ditadura militar do general Primo de Rivera.
- Turquia: em 1923, Mustafá Kemal (após 1935, Kemal Ataturk) é eleito presidente da República.
- Polônia: em 1926, golpe de Estado de Pilsudski.
- Portugal: em 1926, golpe de Estado do general Gomes da Costa, substituído depois pelo general Carmona.
- Iugoslávia: em 1929, golpe de Estado do rei Alexandre.
- Portugal: em 1932, formação do governo do primeiro-ministro Salazar.
- Alemanha: em 1933, Hitler toma o poder.
- Áustria: em 1933, golpe de Estado de Dollfuss, com ditadura fascista.
- Espanha: em 1936, guerra civil, esmagamento dos liberais e das esquerdas e instalação da ditadura do general Franco.
- Grécia: em 1936, golpe de Estado do general Metaxas.
- Polônia: em setembro de 1939, invasão dos exércitos alemães.
- Também a Estônia, a Lituânia, a Rumânia, a Albânia e a Bulgária assistiram a golpes ditatoriais. No Brasil, o Estado Novo implantado em 1937 perdura
até 1945.

ü   Resultado das eleições para o Reichstag de 5 de março de 1933:
- nacional-socialistas (nazistas)   - 17 265 823 votos
- social-democratas                    -   7 176 050 votos
- comunistas                              -   4 845 379 votos
- nacionalistas                            -   3 132 595 votos

ü   A repressão na Itália fascista no anos 1927 a 1934:
- condenados à prisão por serem de oposição: 5 mil pessoas;
- condenados à morte: 29 pessoas;
- condenadas á prisão perpétua: 7 pessoas;
- desterradas: 10 mil pessoas,
- deportadas: 15 mil pessoas.

ü   Genocídio – Perseguidos sistematicamente desde a chegada de Hitler ao poder, os judeus estiveram entre as principais vítimas do terror nazista. Contra eles, o governo alemão criou, em 1935, uma legislação especial que os excluía dos direitos de cidadania outorgados pela Constituição de Weimar a todos os alemães. A partir de então, o terror anti-semita assumiu formas cada vez mais assustadoras, com a criação de campos de extermínio na Alemanha e em zonas ocupadas pelo exército alemão, sobretudo na Polônia. Esses campos faziam parte de um plano denominada pelos nazistas de Solução Final do “problema” judeu, e neles foram massacrados 6 milhões de pessoas.

ü   Bombas atômicas -  A primeira foi jogada pelos EUA em Hiroshima (6 de agosto de 1945), provocando a morte de cerca de 200 mil pessoas e a destruição de 60% dos edifícios da cidade em questão de segundos. Três dias depois, uma segundo bomba é lançada sobre Nagasaki, matando mais 80 mil pessoas, mesmo caindo fora do alvo.

ü   Custos – Um custo material superior a um bilhão e trezentos milhões de dólares; 30 milhões de feridos, mais de 50 milhões de mortos (mais de 20 milhões eram russos, 6 milhões de poloneses, 5,5 milhões de alemães e 1,5 milhão de japoneses).
Clio História

Escola Gilka Drumond 1º Ano

Acabaram-se minhas férias prêmio, agora é hora de voltar ao trabalho.
Um resumo rápido do que vocês viram com a professora substituta.
Inconfidência Mineira X Conjuração Baiana

A Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana foram dois movimentos representativos da insatisfação colonial perante o governo metropolitano, caracterizados como conspirações de caráter separatista e anticolonial e quando comparados ora apresentam semelhanças, ora diferenças quanto aos interesses almejados e a origem social. Abaixo alguns pontos que apresentam essas semelhanças e diferenças.
SEMELHANÇAS
- Separatistas, pretendiam a ruptura com a metrópole
Importante observar nesse ponto que a intenção separatista era de alcance regional, pois ainda não havia a intenção de libertar toda a colônia brasileira, levando-se em conta que naquele momento não existia uma identidade nacional construída, desmontando assim a ideia errônea que ainda se tem dessas conspirações como movimentos que pretendiam a “independência do Brasil”. Evidentemente que já demonstram uma rejeição contra o domínio metropolitano que mais tarde, no século XIX, vai se moldar em um movimento de independência carregado, entre outros fatores, de um certo sentimento nacionalista.
- Ideal republicano
Os dois movimentos colocaram em suas pautas conspiratórias a intenção de fundar governos republicanos após a ruptura e separação do domínio português. Isso se deve ao fato de que ambos os movimentos tiveram contatos com outros movimentos que traziam em seus conteúdos o ideal republicano.
- Inspiração
Buscaram inspiração em movimentos externos como o Iluminismo, a Independência dos EUA e a Revolução Francesa, como exemplos de movimentos que questionavam a ordem vigente sustentada no Antigo Regime e em seus tentáculos como o pacto colonial e o mercantilismo. Os integrantes da Inconfidência Mineira e Conjuração Baiana tinham contatos com esses movimentos ideológicos e revolucionários por meio de livros que chegavam clandestinamente na colônia e por meio de pessoas da elite colonial que estudavam nas universidades européias e voltavam com as novidades ideológicas. Obras iluministas, como a Enciclopédia, circulavam pela colônia, o próprio Tiradentes possuía a “Coleção das Leis Constitucionais dos Estados Unidos da América”, escrita em francês, e o tenente Hermógenes Aguiar, envolvido na conspiração baiana, possuía obras de Voltaire. Vale ressaltar que a conspiração mineira não se inspirou na Revolução Francesa, foram episódios paralelos sendo que a conspiração começou a ser desmantelada em maio de 1789 e a revolução na França eclodiu em julho do mesmo ano.
- Peso tributário e pacto colonial
Embora as propostas e a origem das reivindicações tenham sido diferentes de um movimento para o outro, pelo menos os dois tinham em comum a mesma reclamação contra a pesada cobrança tributária do governo português e a sua amarra econômica denominada pacto colonial. Se pela Conjuração Baiana a carga tributária tornava ainda mais miserável a vida das camadas mais pobres de Salvador, o peso tributário nas Minas foi sentido pela elite mineira cada vez mais endividada e na mira do fisco metropolitano. Ambos almejavam uma proposta econômica embasada na liberdade comercial, o que não era possível mediante a imposição do pacto colonial pela metrópole.
- Pena capital
Nos dois casos aqueles que foram considerados líderes do movimento foram executados na forca, esquartejados e as partes dos corpos foram expostas em praça pública e nos dois casos os elementos identificados com a elite local tiveram a pena modificada ou mais abrandada poupando esses envolvidos da elite da execução capital.
DIFERENÇAS
- Caráter elitista e popular.
Uma acentuada diferença entre as duas conspirações encontra-se no seu núcleo de organização. Enquanto a Inconfidência Mineira foi pensada e articulada por elementos da elite local, a Conjuração Baiana apresentou um impulso popular, sendo os seus conspiradores pessoas identificadas com as camadas mais pobres de Salvador.
Entretanto não se pode afirmar que alguns elementos da elite não tenha se articulado com os populares da conspiração baiana. Militares, religiosos e profissionais liberais estiveram presentes na Conjuração Baiana embora tenha se afastado do movimento ao perceber que as propostas eram muito radicais e aprofundadas, muito além das propostas identificadas com os interesses da elite local.
- Divulgação
A Inconfidência Mineira se caracteriza como uma conspiração fechada, secreta, sem qualquer possibilidade de divulgação de um ideal revolucionário, ficando a intenção do movimento confinada ao conhecimento do grupo envolvido. A Conjuração Baiana teve um caráter de divulgação panfletária. Folhetos foram afixados e distribuídos pelos locais públicos de Salvador, difundido ideais de liberdade e igualdade.
- Propostas
As propostas da Conjuração Baiana estavam revestidas de um ideal de alcance social muito maior que a Inconfidência Mineira, defendo por exemplo o igualitarismo social e a o fim dos privilégios de classe, destacando o seu caráter abolicionista. Os ideais da Inconfidência Mineira atendiam os interesses da elite local. A questão da escravidão entre os mineiros não foi um assunto consensual até mesmo porque muitos dos envolvidos eram donos de escravos.
- Delação
A denúncia na Inconfidência Mineira partiu de um dos integrantes do grupo, Joaquim Silvério, por vontade própria, recebendo em troca da delação o perdão das suas dívidas com o fisco português. No caso da Conjuração Baiana, a distribuição de panfletos levou as autoridades locais aos envolvidos, pois aqueles que distribuíam panfletos foram descobertos, presos e sob ameaças de morte, obrigados a entregar todos os envolvidos
                                                                                                                           Armazém da História

E.E. Profa Gilka Drumond de Faria

3ª Olimpíada Nacional em História do Brasil


Ficamos a uma fase da final...
Mas mesmo assim estamos felizes com o resultado, desbancamos cerca de 12 mil equipes, muito bom por ser a nossa primeira participação. Ano que vem participaremos novamente e estamos confiantes num bom resultado.
Parabéns a minha Equipe Laísa, Pedro e Nilo, e um agradecimento especial ao professor Claudemir que tanto nos incentivou.



terça-feira, 30 de agosto de 2011

Manoel da Costa Rezende 2º Ano


Clima


Resumo: muitas pessoas confundem clima com o tempo. Mas será que há diferença entre os dois? É o que veremos nesta lição, bem como os fatores que influenciam o clima e os seus elementos. Também será mostrado uma visão geral dos principais climas do mundo.

O Clima

O clima pode ser definido como sendo o comportamento da atmosfera ao longo do ano, é constante, em um ponto qualquer da superfície da Terra.

O clima não pode ser confundido com o tempo. Por exemplo: se dizemos que o dia ontem estava quente, estamos nos referindo ao tempo. Mas, se dissermos que na Amazônia o tempo é quente e úmido o ano inteiro, estamos nos referindo ao clima da região. O tempo portanto, é algo passageiro, é como o ar está naquele  momento.

Fatores do clima

Cada região tem seu próprio clima, isto porque os fatores climáticos modificam os elementos do clima. Os fatores climáticos são:

Latitude

Quanto mais nos afastarmos do Equador, menor a temperatura. A Terra é iluminada pelos raios solares com diferentes inclinações. Quanto mais longe do Equador a incidência de luz solar é menor.

Altitude

Quanto mais alto estivermos menor será a temperatura. Isto porque o ar se torna rarefeito, ou seja, a concentração de gases e de umidade à medida que aumenta a altitude, é menor, o que vai reduzir a retenção de calor nas camadas mais elevada da atmosfera. Há a questão também que o oceano ou continente irradiam a luz solar para a atmosfera, ou seja, quanto maior a altitude menos intensa será a irradiação.

Massas de ar

Apresentam características particulares da região em que se originaram, como temperatura, pressão e umidade, e se deslocam pela superfície terrestre. As massas podem se polares, tropicais ou equatoriais.

As massas de ar tropicais se formam nos trópicos de Capricórnio e de Câncer.

Elas podem se formar na altura dos oceanos (oceânicas) e serem úmidas; serão secas se forem formadas no interior dos continentes (continental).

As massas polares são frias. Isto porque elas se formam em regiões de baixas temperaturas, como o nome já diz, nas regiões polares. Elas também são secas, visto que as baixas temperaturas não possibilitam uma forte evaporação das águas.

As massas equatoriais são quentes, se formam próximas a linha do Equador.

O encontro de duas massas, geralmente uma fria e outra quente, dá-se o nome de frente. Quando elas se encontram ocorre as chuvas e o tempo muda.

Continentalidade

A proximidade de grandes quantidades de água exerce influencia na temperatura. A água demora a se aquecer, enquanto os continentes se aquecem rapidamente. Por outro lado, ao contrário dos continentes, a água demora irradiar a energia absorvida. Por isso, o hemisfério Norte tem invernos mais rigorosos e verões mais quentes, devido a quantidade de terras emersas ser maior, ou seja, sofre influencia da continentalidade, boa parte deste hemisfério.

Correntes Marítimas

São massas de água que circulam pelo oceano. Tem suas próprias condições de temperatura e pressão. Tem grande influencia no clima. As correntes quentes do Brasil determina muita umidade, pois a ela está associada massas de ar quente e úmida que provocam grande quantidade de chuva.

Relevo

O relevo pode facilitar ou dificultar as circulações das massas de ar, influindo na temperatura. No Brasil, por exemplo, as serras no Centro-Sul do país formam uma “passagem” que facilita a circulação da massa polar atlântica e dificulta a massa tropical atlântica.

Vegetação

A vegetação impede a incidência total dos rios solares na superfície. Por isso, com o desmatamento há diminuição de chuvas, visto a umidade diminuir, e há um aumento da temperatura na região.


 O Tempo

O tempo refere-se ao estado momentâneo que ocorre em um determinado local a partir do ar atmosférico que pode ocorrer de maneira lenta ou rápida. Em diferença, o clima refere-se ao conjunto de condições atmosféricas que ocorrem em determinados locais de forma marcante. Dessa forma, pode-se simplificar dizendo que o clima é a junção dos tipos de tempo que ocorrem em uma determinada região, tornando-se uma característica da mesma. O tempo pode mudar de uma hora pra outra. Em uma região onde o sol está forte, pode em questão de minutos ter o céu coberto por nuvens que inibem o calor do sol e traz um clima agradável. Isso é possível graças às massas de ar que se deslocam e flutuam pela troposfera, influenciando o tempo e conseqüentemente o clima de diversos locais do planeta. O tempo pode se modificar diversas vezes em um só dia: de manhã o céu está claro ausente de nuvens, ao meio-dia o céu já apresenta poucas nuvens, às 14: 00 o céu está completamente coberto por nuvens, porém às 16:00 as nuvens se dissipam e o dia se torna abafado. As condições do tempo e as características do clima conseguem influenciar em toda a rotina humana, pois existem atividades que somente são realizadas em um determinado tempo com distintas características climáticas, ou seja, não é possível realizar algumas atividades se o tempo e o clima não estiverem propensos para tal. 

Gilka Drumond - 3ª Olimpíada Nacional em História‏

"Não há invenção mais rentável que a do conhecimento"
Passamos a 2ª Fase, fico muito feliz pela minha equipe, que está demonstrando, compromisso e garra; ficar mais de três horas lendo e discutindo uma prova, levando a opinião do outro em consideração, e em conjunto chegarmos a uma única conclusão, é tarefa árdua.
Por isso mais uma vez, expresso aqui o carinho e confiança que tenho por cada um dos integrantes da nossa Equipe, e sei também que temos a possibilidade de ir para a Grande Final!!!
Abraços a todos....

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Gilka Drumond - 3ª Olimpíada Nacional em História‏

"A sabedoria é uma construção sólida e única, na qual cada parte tem seu lugar e deixa sua marca." 
                                                                                                             
Parabéns a nossa Equipe 'Gilka Drumond"!!!!.
Fechamos a prova da 1ª Fase....UAUUUUUU rsrs
Então... rumo à 2ª Fase!!!!!

Feliz demais rsrss

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

2º Ano Manoel da Costa Rezende

Textos Complementares

O que causa os terremotos?

Os terremotos são causados pela movimentação das placas tectônicas, um grupo de doze grandes blocos da crosta terrestre onde estão assentados os oceanos e continentes. Essas placas estão em constante movimento, à deriva sobre o magma incandescente que se movimenta abaixo delas.



Principais Placas tectônicas
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Os tremores ocorrem normalmente ao longo da junção entre essas placas, que colidem, afundam ou deslizam entre si, liberando grande quantidade de energia.
A velocidade com que as placas deslizam ou colidem varia entre poucos milímetros até 10 ou mais centímetros por ano.


Escala Richter
A escala de Richter foi desenvolvida em 1935 pelos sismólogos Charles Francis Richter e Beno Gutenberg, ambos membros do California Institute of Technology (Caltech), que estudavam sismos no Sul da Califórnia. A escala representa a energia sísmica liberada durante um terremoto e se baseia em registros sismográficos. A escala Richter aumenta de forma logarítimica, de maneira que cada ponto de incremento significa um aumento 10 vezes maior no registro sismográfico. Dessa forma, a onda de sismo de magnitude 4.0 é 100 vezes maior que a onda de um sismo de 2.0. No entanto, é importante salientar que o que aumenta é a amplitude das ondas sismográficas e não a energia liberada. Em termos gerais a energia de um terremoto aumenta 33 vezes para cada grau de magnitude, ou aproximadamente 1000 vezes a cada duas unidades

O Brasil está livre dos terremotos?

Como explicado, os terremotos ocorrem ao longo da junção entre as placas tectônicas. O Brasil, por se localizar no centro de uma dessas placas - a sul-americana - não sofre os efeitos do atrito entre elas, ficando portanto livre dos abalos de origem tectônica. No entanto, todas as placas têm falhas em seu interior e a posição do Brasil não é exceção.

Falhas geológicas no Brasil
Conhecidas como falhas geológicas, essas ranhuras são similares a cicatrizes na crosta terrestre e são as principais causas dos tremores de terra registrados no Brasil. Quando uma movimentação anômala ocorre próxima a essas fendas, existe uma tendência natural de estabilização do solo abaixo delas que muitas vezes produzem as chamadas "acomodações", quando blocos inteiros sob a superfície desmoronam sobre espaços vazios. Com raras exceções, os terremotos no Brasil não ultrapassam 3.0 graus de magnitude e muitas vezes nem são registrados. No entanto, quando acontecem em áreas povoadas com estruturas pobres podem provocar danos significativos.Única vítima Até hoje, apenas uma pessoa morreu vítima de terremoto no Brasil. O fato ocorreu em 9 de dezembro de 2007, na cidade de Caraíbas, em Minas Gerais, após um terremoto de 4.9 graus que atingiu o local. A vítima foi uma criança e na ocasião 76 casas desabaram.Maior terremoto no Brasil O terremoto mais intenso já registrado no Brasil ocorreu em Porto dos Gaúchos, no norte de Mato Grosso, em 31 de janeiro de 1955. Na ocasião os sismógrafos registraram 6.2 graus de magnitude. O Estado de São Paulo também já registrou abalos significativos. Em 1922 um violento abalo de 5.2 graus foi registrado na cidade de Mogi-Guaçu e em 22 de abril de 2008, outro tremor de 5.2 graus ocorrido no litoral paulista foi sentido com muita intensidade em diversas cidades do Estado, além de Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina.
Observe o "Círculo de Fogo" abaixo.
Os grandes  focos ou concentração de vulcões e de epicentros (local onde se inicia um terremoto no mar) de  terremotos no mundo são a orla do oceano Pacífico, o chamado “Círculo de Fogo”. 
Pontos de origem dos terremotos.
Quando o terremoto se inicia em pontos no interior dos continentes ou da crosta terrestre temos o nome de hipocentros, para estes pontos de origem.













quinta-feira, 18 de agosto de 2011

6º Ano - Geografia - Solos

Hoje apresentamos os solos, a sua formação, de rocha, solo novo e maduro. Apresentamos os horizontes, como o O (orgânico), A, B, C, R (rocha matriz). Comentamos sobre a questão da floresta amazônica de grande exuberância, mas que o desmatamento acaba evidenciando o solo pobre tropical que recebe 
enxurradas retirando as propriedades húmicas do solo.

A formação dos solos é um processo muito lento, tem uma longa duração e depende vários fatores, contudo segue sempre as mesmas etapas.

O elemento principal deste processo, denominado por Rocha Mãe é fundamental na definição do tipo de solo que se irá formar.


1º Etapa - A rocha mãe surge à superfície da Terra.





2º Etapa - Os fatores externos, como o vento, a água, a temperatura e os seres vivos, vão desgastando a rocha, provocando a sua fragmentação e a alteração química.






3º Etapa - Os restos de seres vivos colonizam a rocha juntamente com as partículas resultantes da fragmentação desta. Quando os seres vivos morrem, os fragmentos da rocha que se vão originando, acumulam-se formando um solo pouco espesso, o solo primitivo.



4º Etapa- Surgem pequenas plantas com raízes e pequenos animais, como os insetos. Estes seres vivos facilitam a fragmentação da rocha e, quando morrem, a matéria orgânica torna o solo mais complexo.




5º Etapa - Por último, começam a desenvolver-se plantas e a surgirem animais de maior porte. Os restos deste organismo e os materiais resultantes da sua decomposição vão enriquecendo o solo, que acaba por ficar constituído por várias camadas distintas, originando um solo maduro.



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Intemperismo por agentes químicos e biológicos


A ação de organismo no ambiente também está relacionada a formação de partículas que irão compor o solo. Os liquens ao se instalarem numa rocha ele libera alguns ácidos que ajudam a decompô-la que leva a formação de um solo que depois servirá de substrato para o desenvolvimento de plantas. Os organismos decompositores como os fungos e as bactérias obtêm seu alimento da matéria orgânica que está no solo. Quando os seres vivos morrem e deixam restos no meio ambiente a matéria orgânica é decomposta e os sais minerais voltaram a fazer parte do solo em forma de nutrientes. Os solos mais férteis são aqueles que são ricos em nutrientes orgânicos e minerais.


quinta-feira, 11 de agosto de 2011

DIA DO ESTUDANTE


Se você estuda, hoje é o seu dia! PARABÉNS pra você!
Estudante é todo aquele que se dedica a aprender e tem fome de conhecimento. E já que você gosta de aprender coisas vamos falar um pouco da origem desse dia.
Você sabe por que ele é comemorado no dia 11 de agosto? 
Porque no dia 11 de agosto de 1827, D. Pedro instituiu no Brasil os primeiros cursos de ciências jurídicas e sociais do país. Ele fez isso para quem quisesse estudar não precisasse mais ir para Portugal ou Coimbra atrás de conhecimento.
Cem anos depois, Celso Gand Lev propôs uma homenagem a todos estudantes do país. Desde 1927 comemora-se essa data.

Gilka Drumond - Começa segunda-feira a 3ª Olimpíada Nacional em História‏

Começa segunda-feira a 3ª Olimpíada Nacional em História do Brasil com mais de 50 mil inscritos de todo Brasil Tem início na próxima segunda-feira (15) a 3ª Olimpíada Nacional em História do Brasil (ONHB) com recorde de inscrições. Foram mais de 50 mil inscritos de todo país. O coordenador-geral da Unicamp, Porf. Dr. Edgar Salvadori de Decca, abre oficialmente a ONBH na segunda-feira (15), às 9 horas. A partir de seu gabinete, na Reitoria da Universidade, ele colocará no ar a prova da primeira fase da Olimpíada, que estudantes inscritos na competição terão acesso e realizarão virtualmente. Composta por cinco fases on line e uma presencial, a ONHB tem possibilidade de agregar participantes de todas as regiões do país. Professores e estudantes terão acesso às questões de cada fase, bem como a todas as informações referentes a ONHB no site da Olimpíadas. Outros canais também já estão disponibilizados para consulta e interatividade dos participantes e interessados: o Blog da Olimpíada e perfis no Facebook Olimpíada Nacional em História do Brasil e no Orkut 3ª Olimpíada de História. A 3ª Olimpíada Nacional em História do Brasil é uma iniciativa do Museu Exploratório de Ciências da Unicamp. Estudar e conhecer a história do Brasil pode ser um desafio estimulante e enriquecedor. 
Os alunos inscritos em nossa Escola são: Laísa e Pedro 1ºB e Nilo do 2ºB.